Calma que ainda tem mais convidad@
Se me der um beijo eu gosto
Se me der um tapa eu brigo
Se me der um grito não calo
Se mandar calar mais eu falo
Mas se me der a mão
Claro, apertoSe for francoDireto e abertoTô contigo amigo e não abro
Vamos ver o diabo de perto
Mas preste bem atenção, seu moço
Não engulo a fruta e o caroço
Minha vida é tutano, é osso
Liberdade virou prisão
Se é amor deu e recebeu
Se é suor só o meu e o teu
Verbo eu, pra mim já morreu
Quem mandava em mim nem nasceu
Gonzaguinha
Eh.. Man! "Sofrida não me Kahlo", parece ser o lema da nova geração de militantes na área do gênero! E é uma das marcas que mais se destacam em nosso segundo convidado para compartilhar suas experiências conosco no dia 28/03, na mesa sobre ativismos.
Kaio Lemos (que não é só esse rostinho bonito, como alguns já disseram) aceitou o nosso convite sem botar boneco. Com a dor e prazer da transição, o militante corre atrás do seu direito ser, viver, conviver, dançar, sentar, rebolar e de não ficar caladinho. Sua luta não deixa em paz nenhum binarismo, nem legislativo, executivo ou judiciário. É por todos os direitos (acesso à saúde, moradia, educação, mercado de trabalho e de relacionar-se) sem limites e nem constrangimento.
Kaio é presidente da Associação Transmasculina do Ceará, diretor do Abrigo Thadeu Nascimento para pessoas trans e bacharel em antropologia e humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).