quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018


 Para compensar a ausência no blogger, tome chuva de convidad@s!!!!!

"Fogo!… Queimaram Palmares,
Nasceu Canudos.
Fogo!… Queimaram Canudos,
Nasceu Caldeirões.
Fogo!… Queimaram Caldeirões,
Nasceu Pau de Colher.
Fogo!… Queimaram Pau de Colher…
E nasceram, e nasceram tantas outras comunidades que os vão cansar se continuarem queimando.
Porque mesmo que queimam a escrita,
Não queimarão a *oralidade*.
Mesque que queimem os símbolos,
Não queimarão *os significados*.
Mesmo queimando o nosso povo
Não queimarão a *ancestralidade*."
Nego Bispo
Andresa Maria de Sousa Ramos, conhecida como “mãe Andresa”, nasceu em Caxias/MA e foi a quarta mulher a chefiar a Casa das Minas, um dos mais antigos terreiros de mina do Maranhão.
As mães de santo são símbolos de força para mulheres negras maranhenses militantes, que as tem como referência e inspiração na luta do povo negro e da cultura brasileira.
Ivana Braga é uma das herdeiras desta simbologia e destes significados. A mana é componente do Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa, que foi fundado em 1986, preocupado com a participação politica, identidade, saúde, sexualidade e mercado de trabalho das mulheres na sociedade.
O contato com a Marcha Nacional de Mulheres Negras provocou na militante paixão pelo movimento e pelas mulheres. Os lemas do movimento “Uma sobe, puxa a outra” ou “Nossos passos vem de longe” reiteraram os sentimentos de solidariedade e ancestralidade, que nas experiências destas mulheres soam quase como "naturais".

Ivana Braga é jornalista, feminista negra, mestranda em políticas públicas, integra a Rede Nacional de Ciberativistas Negras, o Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa, atua na educação em direitos humanos e é uma das nossas convidadas para a mesa "Ativismos no campo do gênero: experiências", que ocorrerá no dia 28 de março, no Auditório Mário Meireles no Centro de Ciências Humanas (CCH).
Aguardem, queridas. Contamos com a presença de todas vocês! Beijas!

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