quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

EMENTAS GT’s


GT 1: Gênero e Estudos Queer

Coordenação: Dr. Allyson de Andrade Perez (CEUMA) e Dra. Nilvanete Gomes de Lima (IFMA)

Este GT tem por objetivo reunir estudos multidisciplinares que critiquem a heteronormatividade
e/ou focalizem experiências identitárias, desejos e práticas sexuais estudados sob um olhar queer, tais como: pessoas que se identificam como homossexuais, transexuais, travestis, heteropassivos, pan-, omni- e bissexuais, poliamoristas, assexuadxs; praticantes de “pegging”, fetiches, ménages à trois, orgias, relações não-monogâmicas; heterossexualidades não-heteronormativas; sexualidades e envelhecimento; etc. Entendemos que esse campo de estudos se alimenta de um questionamento permanente de toda tentativa de reduzir o social e o sexual a uma norma única.

GT 2: Gênero, mídias e tecnologias
Coordenação: Dra. Carolina Pitanga (UEMA) e Ma. Amanda Cruz (UFMA)

O objetivo deste GT é reunir estudos e pesquisas que trabalham com produções de gênero e suas interelações com a mídia e a utilização das novas tecnologias, nos seus diferentes contextos. Gênero se refere a multiplicidade de ações performáticas que rompem com as matrizes identitárias tradicionais. Envolvem a pluralidade de expressões de subjetividades, rompendo com uma perspectiva de uma estrutura universal. Nos propomos a dialogar com a compreensão de gênero, nas suas múltiplas performances, que são visibilizadas através das mais diversas produções audiovisuais e
no uso redes sociais. Destacamos a forma como tais processo articulam limites e atravessamentos, construções e desconstruções dentro da lógica heteronormativa.

GT 3: Gênero e Educação
Coordenação: Ma. Rarielle Rodrigues (UFMA/SEDUC)

Este Grupo de Trabalho concentra as produções que objetivam refletir sobre as experiências de ensino, práticas docentes, pesquisas e ações de extensão que envolvam as categorias gênero/sexualidade. Evidenciamos a interdisciplinaridade acerca dos debates das categorias nos espaços educacionais, sejam formais ou não. Acolheremos trabalhos resultantes de pesquisas (em andamento ou concluídas) e relatos de experiências. Entendemos que o debate sobre gênero/sexualidade em Educação no Estado do Maranhão precisa ser ampliado e sistematizando enquanto rede de pesquisadores/as, nesse sentido o GT encontra-se como uma iniciativa de contato e
troca de experiências entre pesquisadores/as possibilitando diálogos futuros para o fortalecimento das pesquisas e debates em nosso Estado.

GT 4: Marcadores da diferença social
Coordenação: Dra. Juciana Sampaio (IFMA) e Ma. Mayanna Hellen Nunes (UNICAMP)

Este Grupo Temático tem como objetivo reunir pesquisas que estejam buscando a reflexão em torno dos marcadores sociais da diferença (gênero, raça, classe, sexualidade, geração, entre outros) para pensar a produção de experiências de sujeito e de grupos sociais variados. A perspectiva das interseccionalidades como proposta neste grupo temático é aquela que parte da compreensão de que as categorias de articulação da diferença não são distintos reinos isolados entre si, mas existem em relação entre si e através dessa relação, em modos contraditórios e conflituosos (Mcclintock, 2010),
operando de forma em que a experiência torna-se lugar de formação do sujeito e espaço discursivo onde posições de sujeito e subjetividades diferentes e diferenciais são inscritas, em oposição à ideia de um “sujeito da experiência” já previamente constituído (Brah, 2006). Nesse sentido, convidamos estudantes, pesquisadoras/es, ativistas a apresentarem seus trabalhos nas múltiplas direções abertas pela perspectiva interseccional.

GT 5: Gênero e violência
Coordenação: Ma. Lilah de Moares Barreto (UFMA) e Ma. Geysa Fernandes (UFMA)

As violências engendradas nas relações desiguais de poder que revestem os discursos e práticas referentes às diferenças sexuais, produzindo posições sujeito hierarquizadas e disciplinadas quanto ao gênero, mormente no tocante à vulnerabilidade histórica a que estão submetidos os grupos que subvertem os padrões falocêntricos e heteronormativos na produção da feminilidade e da masculinidade dominantes, serão objeto de discussão e análise nesse Grupo de Trabalho. As diversas formas de violência se inserem entre os dispositivos de poder que normatizam o gênero e encontram-se imbricadas aos discursos que as legitimam e reproduzem, tanto a partir de enfrentamentos e ações
violentas, quanto de práticas excludentes calcadas e espraiadas em diferentes instituições sociais. As normas e discursos que produzem e atravessam os sujeitos generificados e as violências impostas preferencialmente contra aqueles que ocupam posições subversivas e/ou subalternizadas apoiam-se reciprocamente. A proposta desse GT é concentrar os trabalhos em que são discutidas, pensadas e analisadas violências físicas, psicológicas, morais, patrimoniais, sexuais, de caráter estrutural, institucional, cultural e/ou simbólico, que constroem, invisibilizam e conformam identidades, sem
descurar do fato de que as posições sujeito forjadas no gênero se interseccionam aos demais marcadores sociais. Na perspectiva de problematizar identidades essencializadas e fundacionais, tem-se por objetivo abordar as formas que as práticas e discursos violentos recaem sobre diferentes categorias contingencial e historicamente engendradas quanto ao gênero, tais como mulheres, homens, heterossexuais, homossexuais, transgêneros, travestis, drag queens, dentre outras, reconhecendo a existência de dizeres e performances plurais, concorrentes e desigualmente compreendidos em nossa cultura.

GT 6: Gênero e literatura
Coordenação: Ma. Lindevania Martins e Ma. Marília Milhomem (SEMED/PAÇO)

Muitas produções acadêmicas nas áreas da Crítica e dos Estudos Literários têm sido influenciadas pelas Estudos de Gênero. Estes trabalhos têm analisado os elementos que são mobilizados para a produção da distinção de sujeitos em polos como masculino/feminino, ou à regulamentação de expressões da sexualidade. Eles partem da premissa de que o Gênero, juntamente com as assimetrias que ele impõe, é produzido histórico e socialmente (SCOTT, 2005) e constantemente atualizado em discursos formulados por instituições como a igreja, a medicina e o direito com o objetivo de naturalizá-lo (BUTLER, 2003).Nesse sentido, este GT receberá propostas de trabalho que analisem: A produção/delimitação do gênero em textos literários; O resgate da obra de escritoras e/ou o questionamento sobre a ausência delas em instituições ou nos cânones literários;Os impactos dos estudos de gênero na Crítica Literária e nos Estudos Literários, entre outros.